terça-feira, 1 de novembro de 2011

Watch N'Ask

Pergunta do grupo de abobrinhas da mídia:

Sabe-se que quanto mais tarde uma mulher engravida, maiores são as chances de gerar um filho com má formação genética, devido a problemas na divisão do material genético. Como o envelhecimento atua nesse mecanismo?

Os problemas de não disjunção cromossômica do material genético durante a gametogênese pode acarretar em diversos tipos de má formação genética: as anomalias cromossômicas que envolvem números diferentes de cromossomos do que seria esperado para um ser humano normal.
Por volta dos 25 anos, a fertilidade da mulher é máxima, apresentando uma diminuição considerável após os 35 anos, com isso, o risco de abortos e de má formação cromossômica é maior. Esse assunto é muito discutido, indicando o papel da idade da mulher, futura mãe, como um fator de risco para o surgimento de anomalias cromossômicas no bebê. Há uma grande literatura que suporta a participação da idade na interferência da disjunção cromossômica.
A influência do envelhecimento sobre a disjunção cromossômica se dá pelo acúmulo de danos dos ovócitos com o tempo, pois, durante a ovogênese, o feto desenvolve seus ovócitos até a fase de prófase I, depois de nascer, a meiose dessas células é interrompida até a puberdade, quando é finalizada a primeira meiose dessas células; resumidamente, o ciclo de meioses se repete até a menopausa.
Assim, é importante entender que durante toda a vida desse indivíduo as células responsáveis pela gametogênese feminina estarão sujeitos às influências ambientais, as quais geram danos aos diversos mecanismos celulares, os quais incluem a atividade de disjunção cromossômica; caso ocorra dano nos mecanismos envolvidos com o bom funcionamento da disjunção, ela pode ser comprometida, e uma anomalia pode surgir.
Muitos dos possíveis danos causados pelo ambiente foram discutidos em postagens anteriores deste blog e, caso o leitor possua curiosidade de saber mais sobre danos biomoleculares causados no envelhecimento, apresentamos uma linguagem didática, mas com conteúdo necessário para a compreensão do assunto.



Referências bibliográficas:








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