segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Watch N' Ask

Pergunta do grupo de colesterol:

Se houvesse certo tipo de inibição de fatores intrínsecos e mutações gênicas a favor de um maior rendimento no sistema de reparo, ocasionaria mudanças? Como seriam essas mudanças?

            A relação do envelhecimento e a falha do sistema de reparo do DNA é estabelecido a partir do acúmulo de danos no material genético que acarretará uma perda da homeostasia celular, além da perda de sua funcionalidade e integralidade. Essas alterações resultam em doenças como câncer, Alzheimer, surdez e osteoporose. Outros efeitos causados por danos no DNA são a perda de pigmentação capilar, pele ressecada e com pouca elasticidade e a diminuição da coordenação. Desse modo, se houvesse uma forma de manter o sistema de reparo de material genético em pleno funcionamento, esses problemas citados teriam suas freqüências diminuídas na população. Nossas células estariam mais protegidas. Isso não quer dizer que não ficaríamos velhos, mas sim que envelheceríamos melhor, sem tantos problemas relacionados a pessoas senis. Somente 30% da quantidade de anos vivida é determinado pelos genes, os outros 70% são relativos à nossa forma de vida.
             No estudo promovido pelo professor Jan Hoeijmakers – comentado na postagem “genes da velhice” – comprovou ser possível manipular o processo de velhice em camundongos. Os cientistas verificaram que quanto maior o número de mutações que acarretavam falhas no reparo de DNA, mais precocemente o camundongo envelhecia. Além disso, também conseguiram manipular o envelhecimento em apenas um órgão – o cérebro. Enquanto os outros órgãos do se desenvolviam normalmente, o cérebro mutado, envelhecia rapidamente. Portanto, a relação inversa também é verdadeira, quanto maior a eficiência no reparo, mais anos podemos acrescentar em nossas vidas.
            Há pessoas com um constituição genética que favorece a correção dos genes. Essas pessoas são às que chegam a casa dos 100 anos de idade. Em um estudo chamado New England Centenarian Study, 1055 idosos americanos (entre 95 e 119 anos) tiveram seus materiais genéticos analisados. Os cientistas concluíram que esses idosos compartilhavam 150 variações gênicas; dessas combinações, 19 estariam relacionadas ao aumento da expectativa de vida. Algumas das 19 variações diminuem a produção celular de radicais livres; outras possuem genes que aumentam a eficiência do sistema de reparo. Assim, os centenários conseguem atrasar a manifestação de doenças características da velhice e, com isso, vivem mais.

Referências bibliográficas:
http://www.methodus.com.br/artigo/511/os-segredos-da-vida-longa.html
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/pdf/revolucao_genomica/jan.pdf
http://diariodabella.wordpress.com/tag/saude/
http://vivendobemnamelhoridade.blogspot.com/2011/02/dan-buettner-como-viver-para-ter-mais_05.html
http://www.metrolic.com/on-bin-ladens-dna-match-168547/

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