A-Osso normal ; B-Osso osteoporótico |
O tempo vai passando... e, quando menos se espera, chega-se aos 35 anos, a idade do pico de massa óssea. A partir daí a taxa de formação óssea (atividade osteoblástica) é praticamente estabilizada e a de reabsorção óssea (atividade osteoclástica) vai aumentando. Por uma matemática bem simples, é fácil perceber que a estrutura óssea ficará comprometida. Esse quadro é mais acentuado ainda na vovó pós-menopausada, em que a baixa concentração de estrogênios facilita a ação dos osteoclastos.
Além do aumento da reabsorção óssea não acompanhado pelo aumento da formação, a hipovitaminose D compromete a estrutura óssea do idoso, tornando-o propício à osteoporose, por exemplo. A vitamina D é responsável pela absorção de cálcio e de fósforo a nível de intestino grosso e pela deposição desses minerais no osso quando estão em elevada concentração sanguínea. Essa vitamina é obtida através de uma alimentação adequada associada à produção endógena da pele mediante exposição solar. No jovem, quase toda toda vitamina D (aproximadamente 80%) pode ser sintetizada a partir do 7-dehidroxicolesterol da pele; contudo, alguns fatores contribuem para que esse rendimento seja menor no idoso: a pele do idoso quando submetida à radiação solar produz menos vitamina D, quando comparada à produção de vitamina D em um jovem submetido a um período igual de radiação solar; e o idoso se expõe menos ao sol, ficando mais em interiores, seja da própria casa ou do hospital, algumas vezes até mesmo por sua mobilidade reduzida. Outra característica do envelhecimento que compromete o tecido ósseo é a menor produção da enzima 1-α-hidroxilase renal, que, como mostra a figura acima, é responsável pela formação da forma mais ativa da vitamina D, o calcitrol [ 1,25 (OH)2D].
Devido a todas essas alterações decorrentes do processo de envelhecimento, os idosos passam a depender mais ainda da vitamina D obtida na alimentação. Óleos de fígado de peixe e peixes de água salgada( sardinha e salmão, por exemplo) são as fontes naturais mais ricas em vitamina D, seguidos pelo leite, ovo e carne, que contêm pequenas quantidades. Porém,estudos revelaram que muitos idosos possuem uma dieta deficiente em vitamina D. Dessa forma, os ossos do idoso ficam mais suscetíveis a fraturas, que então diminuem sua mobilidade e o levam a ficar mais tempo em interiores, diminuindo a exposição solar e , consequentemente, a produção de vitamina D, aumentando o quadro de fragilidade óssea.
Na tentativa de promover um envelhecimento mais saudável, além do desenvolvimento de uma dieta mais saudável e que atenda às necessidades do idoso, são recomendadas atividades ao ar livre, aumentando a exposição ao sol, e utilizados suplementos vitamínicos, mas sob a supervisão de um médico e/ou nutricionista, haja vista o perigo de quadros de hipervitaminose.
Referências bibliográficas:
Postado por Luís Fernando Amarante Fernandes
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